Enquanto isso...

Saiba como reconhecer indícios de problemas hormonais no cão. A maioria deles pode ser resolvida com ajuda do veterinário

DIABETES

Tão famoso mal é causado pela falta de insulina, hormônio responsável pela entrada nas células do açúcar do sangue, dando a elas o combustível para executar suas funções. O problema resulta do mal funcionamento do pâncreas, que deixa de liberar insulina. O mal é cinco vezes mais freqüente em fêmeas, as raças mais afetadas são poodle, pastor alemão, samoieda e teckel, alem de cães sem raça definida. Os sinais são:
• Maior freqüência para urinar
• Maior apetite e sede
• Fraqueza
• Perda de peso
• Estado de coma: em casos mais graves, quando o cão não foi tratado ao aparecerem os sintomas.

METABOLISMO INFLUENTE

As glândulas adrenais agem na metabolização das gorduras, proteínas, carboidratos e minerais. Liberam hormônios como cortisol, que tem ação antiinflamatória e adrenalina, quando o animal esta com medo ou raiva. Produzem o hormônio glicocorticoide que, em excesso causa síndrome de Cushing, bastante conhecida entre os veterinários. Entre as suas causas estão a presença de tumor na hipofise ou na própria glândula adrenal e o excesso de corticosteróide, medicamento a base de cortisona largamente usado para tratar coceiras e outros problemas de pele. Se o seu cão for tratado com corticosteróide, converse a respeito com o veterinário. Entre as raças mais acometidas por esse problema estão o Poodle, o Teckel (dachshund) e o Boxer, alem dos cães sem raça definida. O mal pode ocorrer em cão de qualquer idade, mas é mais observado nas fêmeas por volta dos oito anos de idade. O diagnóstico é feito com base em exames de sangue e de urina. Os sintomas mais comuns são:
• Sede e urina em excesso (99% dos casos)
• Fome excessiva (98% dos casos
• Pelagem falha – a escassez é simétrica, principalmente no tórax e na pele escurecida, que fica mais fina e apresenta cravos e ferimentos difíceis de cicatrizar. Alguns meses antes, o cão pode demonstrar mais fome e sede;
• Sarna demodécica ou sarna negra (8% dos casos);
• Fraqueza, cansaço fácil;
• Aumento do abdômen;
• Inibição da produção de hormônio do crescimento e de hormônio estimulante da produção de espermatozóides, no macho, e da maturação de óvulos, na fêmea.

O PODER DA TIREÓIDE

A falta dos hormônios produzidos pela tireóide pode causar vários sintomas. Ocorre mais em cães de médio e grande porte, com quatro e nove anos de idade. As raças mais predispostas são o Cocker, Labrador, Golden Retrivever, Dobermann e Weimaraner. Sinais:
• Pelagem falha (90% dos casos) – os pêlos saem com facilidade. A pelagem fica mais clara, fina, crespa e quebradiça, com falhas nas áreas de atrito. A reposição de pêlos ocorre com dificuldade. Em alguns dos casos, a escassez de pêlos atinge todo o corpo, de forma assimétrica, inclusive na cauda, que pode perder todos os pêlos (cauda de rato). Em cerca de 40% dos casos, aparece caspa – a pele escurece, fica seca e descama.
• Colesterol aumentado, anemia;
• Obesidade;
• Fraqueza, sonolência e letargia;
• Patas frias, procura de lugar aquecido para deitar – o cão sente frio;
• Ritmo do coração inferior ao normal;
• Episódios de diarréia ou constipação;
• Irregularidade no sistema reprodutivo da fêmea – ciclos inconstantes, ausência de cio, leite nas mamas e abortamento.

HORMÔNIOS SEXUAIS

Estrógeno e progesterona, os hormônios femininos
Fabricados pelos ovários, são os responsáveis pelo comportamento típico do cio, pela gestação e pelas características corporais femininas – corpo mais delgado e delicado.
Excesso de estrógeno
Pode acontecer, principalmente entre os um e nove anos de idade, causado por tumor ou cisto no ovário ou por tratamento com anticoncepcional injetável (Dietilestilbestrol). Sinais:
• Falta de pelos na região da genitália – entre as coxas, barriga e pescoço;
• Irregularidade no ciclo reprodutivo – pode até impedir a gradidez.
Excesso de progesterona
Causa intervalos prolongados de cio.
O estrógeno em manchas
Os testículos produzem também hormônio feminino, mas em pequena quantidade. O excesso, quando ocorre, é causado por tumor nas células de Sertoli, presentes nos testículos. Os sintomas são os mesmos falta de testosterona, exceto pela presença de pêlos secos e descamação.
Testosterona, o hormônio masculino
Os testículos produzem a testosterona, o hormônio da sexualidade masculina, responsável pela formação e maturação dos espermatozóides e das formas másculas, como o corpo mais maciço e forte. O desequilíbrio atinge mais cães idosos. A falta é mais comum em cães castrados muito jovens ou ainda naqueles com certos tipos de tumores nos testículos ou que os tem pouco desenvolvidos. Sintomas:
• Diminuição da próstata;
• Ausência de libido;
• Não produção de espermatozóides.
O excesso pode ocorrer causado por câncer nas células de leydig, presentes nos testículos. Sinais:
• Pele engrossada ao redor do anus;
• Falta de pelos na região entre o anus e os testículos;
• Escurecimento da pele na região onde há falta de pêlos e na do saco escrotal;
• Hiperplasia prostática (crescimento exagerado da próstata; trata-se por castração)
A testosterona em fêmeas
Embora os ovários e as glândulas adrenais também produzam o hormônio masculino em pequena quantidade, são raras as ocorrências de desordens envolvendo esse hormônio nas fêmeas. Se ocorrer, poderão ser observados sinais gerais de masculinização.

Crescimento

O hormônio estimulante do crescimento é produzido pela hipófise. Ele faz os ossos, os músculos e os órgãos espicharem, principalmente ate os dois anos de idade. O desequilíbrio é raro e pode causar:
• Nanismo – se faltar hormônio do crescimento, o cão fica menor, com os membros menores ainda, desproporcionalmente pequenos.
• A pele escurece e a pelagem fica como se fosse de filhote. Pode, ainda, haver falta bilateral de pelo, simétrica (igual nos dois lados do corpo). Os problemas de pele ocorre mais com cães machos das raças Pomerânia, Poodle, Chow-chow e Pastor alemão.
• Gigantismo - o excesso do hormônio do crescimento causa um aumento acima do normal do tamanho do cão, pele grossa, excesso de pêlo, unhas duras, fome, cede e fadiga, bem como urina em excesso. O mal é comum em fêmeas, quando se faz uso de anticoncepcionais, das raças Coocker, Golden e Labrador.

É muito comum proprietários de cães e de gatos tentarem argumentar a favor da inteligência do animal predileto deles. Este artigo descreve os principais argumentos usados pelos donos de animais, procura explicar o que se conhece da inteligência dos gatos e porque é tão complexo compara-la com a de outras espécies.

O ser humano é considerado – por nós, é claro – o animal mais inteligente do planeta. Talvez por isso muita gente quer saber se este ou aquele bicho é inteligente; se esse é mais ou menos inteligente que os outros. Por mais simples que a pergunta possa parecer, a resposta é complexa e quase impossível de ser dada.
A maioria das pessoas sabe o que é inteligência, mas pouquíssimas conseguem defini-la. A tarefa não é fácil até mesmo para quem estuda psicologia. Mas, de maneira geral, a inteligência esta relacionada a algumas capacidades cerebrais (cognitivas) como memória, capacidade e velocidade de processamentos (respostas), insight, capacidade de observar e relacionar, de aprender e reter o aprendizado.
Gatos demonstram todas essas capacidades. São, portanto, inteligentes. Mas, como ocorre com outros animais, alguns gatos são muito mais inteligentes que outros. A inteligência do seu gato vai depender da genética e da criação dele. Gatos filhos de pais inteligentes tendem a ser mais inteligentes, assim como acontece com gatos que foram corretamente alimentados e bastante estimulados, principalmente quando filhotes e na juventude. Vamos agora para perguntas e argumentos dos proprietários de gatos.

O GATO NÃO SE SUBMETE A ORDENS, POR ISSO É MAIS INTELIGENTE

É verdade que obedecer não é necessariamente um sinal de inteligência. Mas não obedecer também não é. Cães possuem uma predisposição natural para mandar ou ser mandados, já que evoluíram por muito tempo como membros de um grupo em que a hierarquia era fundamental. Se não se submetessem ao líder, poderiam ser expulsos do grupo ou até morrer de fome. Com os gatos a situação é bem diferente. São caçadores solitários natos. Nunca dependem de outros gatos para caçar suas presas. Não precisava, portanto, se submeter para sobreviver.
Conclusão: não devemos esperar que os gatos acatem ordem da mesma maneira que os cães. Não por ser mais inteligente que o outro, mas, sim, porque um precisa constantemente da nossa aprovação, enquanto o outro, não.

MEU GATO SABE ATE ONDE O CÃO DO VIZINHO ALCANÇA E SE APROVEITA

Alguns gatos ficam deitados ou se limpam, relaxados, próximo a cães loucos para ataca-los, mas que não conseguem faze-lo por causa de uma grade ou muro que impede a aproximação. Como o gato consegue saber exatamente ate onde um cão consegue chegar e aproveitar-se disso? Ele tem excelente noção espacial alem de ótima memória e é capaz de aprender diversas coisas por observação. Quando esta relaxado sobre um muro e olha para o cão, descobre o comportamento do inimigo e ate onde este consegue chegar.

DE TÃO ESPERTO, TEM UM MIADO PARA CADA SITUAÇÃO

O gato também aprende a manipular seus donos! Proprietários que convivem intensamente com gatos percebem necessidades de seus felinos com bastante facilidade, a ponto de conseguir interpretar miados diferentes e associa-los a diferentes pedidos. O interessante é que essa comunicação se desenvolve a medida que o gato e o ser humano se conhecem melhor e aperfeiçoam a “linguagem”.

DESLOCAMENTO OCULTO E PERMANÊNCIA DE OBJETOS

Existem diversos testes de inteligência que podem ser aplicados em animais. Dois deles, muitos famosos, dizem respeito a capacidade de o animal e o ser humano (bebês e crianças) entenderem que um objeto, ao passar por trás de uma barreira, não desaparece – esta simplesmente atrás de alguma coisa. Os gatos possuem essa capacidade, pois demonstram interesse em ir procurar o objeto atrás da barreira, assim que ele deixa de ser visível. Os cães também passam nesse teste.
Mas o gato se sai bem melhor que o cão no teste de deslocamento oculto, na qual é avaliada a capacidade de prever onde um objeto em movimento aparecerá após passar por trás de uma barreira. Isso é feito pela observação da direção do olhar do animal enquanto uma bolinha passa por trás de uma caixa de papelão, por exemplo. A maioria dos gatos é aprovada no teste: consegue prever o contínuo deslocamento do objeto, pois olha exatamente para o ponto onde a bolinha irá aparecer. Já a maioria dos cães fica olhando para o local onde a bolinha desapareceu...
Briga de Cachorro Grande...
TEM BICHO PRA TUDO!

Os animais invadiram a comunicação e fazem
sucesso nos diálogos que atravessam gerações


Pare, escute e analise o bate-papo dos adolescentes, jovens e adultos. O resultado pode ser surpreendente! Sem pedir licença para a língua portuguesa ou para a gramática, os animais chegaram de mansinho nos diálogos e invadiram a comunicação, através das expressões idiomáticas. Já perceberam isto?
A bicharada é tão presente em nossas vidas que domina até mesmo as gírias, expressões e ditados populares. Trata-se de uma forma prática, e às vezes bem humorada, que usamos o vocabulário para adaptar o sentido de determinada frase ou palavra. Tudo isto graças à língua (no sentido de linguagem) que é extremamente “viva” e sofre mudanças constantes.
Esses tipos de expressões, que não fazem parte do nosso vocabulário, já se tornaram natural e imperceptível para os ouvidos de determinados grupos sociais.
Diante disso, a Revista Bicho Mania selecionou algumas expressões e ditados populares, relacionados ao mundo animal, para que você relembre, ou até mesmo conheça, seus significados. Afinal, quem nunca usou uma destas expressões idiomáticas?


A
Abraços de tamanduá
– traição ou deslealdade
Acertar na mosca – atingir o alvo ou objetivo precisamente
A cobra vai fumar – situação conturbada
Afogar o ganso – ter relação sexual
Água que passarinho não bebe – bebida alcoólica
Amarrar o burro – descansar ou expressão usada para se referir a uma união amorosa constragedora
Amigo da onça - pessoa que age pelas costas. Falsa, interesseira ou traidora

B
Bafo de onça – hálito fétido
Banho de gato – lavar rápido e superficialmente o corpo
Barata tonta – perdido, desorientado, sem saber o que fazer
Boca de siri – manter segredo em relação a um assunto
Bode expiatório – alguém que recebe a culpa de algo cometido por outra pessoa
Boi de piranha – pessoa que se sacrifica para salvar alguém
Briga de cachorro grande – disputa de força ou poder entre pessoas que se julgam superiores

C
Cabra da peste
– indivíduo que causa medo
Cadela no cio – mulher que dá confiança para muitos homens
Cair como um patinho – ser enganado
Canto dos cisnes – último feito de uma pessoa
Cão chupando manga – pessoa, animal ou objeto considerado muito feio, bizarro
Cavalo dado não se olha os dentes – não procurar problemas ou defeitos em algo que foi gratuito
Com o rabo entre as pernas – envergonhado, humilhado
Comprar gato por lebre - levar algo de valor inferior do que se pensa
Conversa mole para boi dormir – assunto sem importância
Cozinhar o galo – fazer algo lentamente ou embebedar-se

D
Dar com os burros n’água – algo que não dá certo
Deu zebra – acontecer algo errado ou ruim
Dizer cobras e lagartos – falar coisas que ofendem outra pessoa ou dizer o pior possível sobre algo
Dormir com as galinhas – ir para cama logo após o anoitecer

E
Engolir sapos
– fazer algo contrariado, ser alvo de insultos sem responder
Elefante branco – algo que não serve para nada
Estar no bico do corvo – estar prestes a morrer
Estômago de avestruz – comer qualquer coisa e em grande quantidade

F
Fazer gato-sapato
– tratar com desprezo, aprontar com alguém
Fazer um gato – ligação de luz clandestina ou algo irregular, ilícito
Fazer vaquinha – arrecadar dinheiro

G
Galinha morta – pessoa sem coragem
Gato pingado – pequeno público

L
Lágrimas de crocodilo
– choro fingido
Lavar a égua – ter bons lucros
Lobo em pele de cordeiro – pessoa que finge ser inocente ou inofensiva

M
Mão-de-vaca
– pessoa avarenta, mesquinha. Que economiza dinheiro ao extremo
Matar a cobra e mostrar o pau – fazer ou afirmar alguma coisa e apresentar as provas do fato
Matar cachorro a grito – pessoa desesperada para fazer algo
Memória de elefante – ter boa memória
Meter o rabo entre as pernas – submeter-se a algo ou alguém
Mosca branca – algo difícil ou quase impossível de acontecer ou encontrar

N
No tempo do onça – antigamente

O
O cachorro é o melhor amigo do homem
– cães protegem seus donos como se fossem integrantes de sua matilha
Olha o passarinho! – para tirar fotos no século XIX, os fotógrafos chamam a atenção das crianças, a fim de que elas olhassem para a lente, colocando próximo à câmera uma gaiola com um pássaro
Olhos de lince – enxergar a longa distância
Onde a porca torce o rabo – momento decisivo e que exige concentração
O pulo do gato – fazer algo escondido e depois ser descoberto ou flagrado
Ovelha negra da família – pessoa que não tem bom comportamento/ é diferente ou agressiva

P
Pagar um mico – dar vexame
Pagar o pato – fazer papel de tolo, ser responsabilizado por algo que não cometeu
Peixe fora d’água – estar desconfortável em algum ambiente
Pensar na morte da bezerra – distrair-se
Pode tirar o cavalo da chuva – algo que vai demorar. Perder as esperanças ou desistir de um propósito
Pôr minhoca na cabeça – criar preocupações inexistentes
Procurar chifre em cabeça de cavalo – imaginar problemas que não existem

S
Sangue de barata
– pessoa insensível ou demasiadamente calma
Sujo igual pau-de-galinheiro – pessoa desmoralizada, sem caráter

T
Tempo de vacas gordas
– curto período de abundância
Truta – pessoa de confiança

V
Vá pentear macaco – trata-se de uma ofensa. Mandar alguém fazer algo sem importância
Viu o passarinho verde? - ter boas notícias da pessoa amada

Fonte de pesquisa extremamente útil para a elaboração desta matéria; o Guia dos Curiosos – Língua Portuguesa (de Marcelo Duarte).

Polêmica


‘Lei do Fraldão’ em Cascavel vira motivo de chacotas e cai no esquecimento

A intenção era boa. Mas como se diz no jargão popular, “o inferno anda cheio de boas intenções”. Pois foi o que aconteceu com a chamada “lei do fraldão” ou “Lei das Carroças” como preferem os autores. A proposta era boa e buscava regulamentar e disciplinar o crescente número de carroças e charretes que circulam por Cascavel. As ruas centrais, com o tráfego rápido e moderno de uma cidade pólo, não comportava o arcaico transporte puxado à tração animal. Se o cavalo é um transporte mais “natural” e menos poluente porque não despeja no ar toneladas de CO2 (gás carbônico), causa outro tipo de poluição, não menos indesejado pela população. A emissão de gás metano (típico dos animais) e dejetos como esterno em vias públicas.
O ‘inferno’ para a lei que prometia acabar com três problemas básicos da tração animal – os dejetos espalhados em vias públicas, o risco de acidentes e as crescentes denúncias de maus tratos por parte dos proprietários destes animais – esbarrou na chacota pública.

A Polêmica

A proposta da lei, de autoria do vereador Soni Lorenzi (PMN), ao chegar à Câmara ganhou de cara a simpatia da maioria da imprensa e de setores organizados da sociedade, inclusive setores preservacionistas. No entanto, uma emenda do vereador Sadi Kisiel (PMN), exigindo que os cavalos transitassem com “Fraldão” para não sujar as ruas, virou polêmica e motivo para toda sorte de chacotas. O que imaginaram foi cavalo desfilando pelas ruas da cidade usando fralda descartável. Foi o que bastou para a lei virar motivo de intenso e hilariante debate. Jornalistas, autoridades públicas e populares em geral brincavam com o fato. A notícia logo ganhou a grande imprensa nacional. Foi reproduzida em jornais como O Estadão e Folha de São Paulo Ganhou notas em emissoras de TV como Band, Globo e SBT. Os vereadores e carroças de Cascavel foram virar quadro no programa do Gugu, com o engraçado Rodolfo, que veio a cidade para mostrar como funciona fraldão para cavalo.Ou ainda em reportagens para emissoras nacionais de rádio como a CBN.

Fraldão
Não bastasse as estrambólica exigência de fralda para cavalo, que o Jornal O Estado do Paraná chegou a publicar com a seguinte manchete: “Lei de Cascavel obriga cavalos a usar fraldas”, a mesma lei também exigiu regulamentação dos carroceiros e entre as medidas estava o emplacamento das carroças e orientação para leis de trânsito. As duas cobranças foram logo interpretadas como exigência de habilitação para carroceiro e o emplacamento das carroças como se estas fossem automóveis, aumentando ainda mais a avacalhação da lei. Resultado, a lei que até era tão boa e virou modelo para várias cidades do País, que implantaram leis similares para enfrentar o mesmo problema, acabou no esquecimento. Em Foz do Iguaçu e Brasília a lei de Cascavel foi copiada e implantada com sucesso. No entanto, em Cascavel, a lei tende a ser deixada de lado. Os próprios autores esquivam-se de comentar e já não cobram mais a aplicação por medo de novas gozações. A prefeitura e a Cettrans, que também entraram na onda das chacotas ao resolver emplacar mais de 120 carroceiros da cidade e dar curso de legislação do transito através de auto-escola, também acabou recuando e já não fiscaliza as exigências da lei. Enquanto isto, os carroceiros desistiram de colocar “fraldão” em seus animais, por conta da avacalhação geral que se tornou o assunto.

Soni: “o fraldrão estragou com tudo”

O vereador Soni Brás Lorenzi puxou para si as rédeas da condução desta polêmica lei e confessou com exclusividade para a Revista Bicho Mania porque sua lei não deu certo. Sem meias palavras diz; “foi esta palavra ‘fraldão’ que estragou com tudo. Aquela emenda do Sadi Kisiel ao projeto acabou com tudo. Desviou totalmente de foco a proposta original que era preservacionista e que buscava regulamentar e organizar em Cascavel a utilização de veículos de tração animal”, diz.
Para Soni, a emenda utilizando a palavra fraldão era dispensável. Ao obrigar o uso de fraldão, que na verdade é um saco coletor adaptado à carroça, atrás do animal para coletar os desejos dos animais, acabou propiciando a oportunidade para toda sorte de chacotas em torno do tema. “A emenda era dispensável. No projeto original já estava previsto que a Secretaria de Meio Ambiente adotaria critérios para a coleta de dejetos dos animais. Ao sermos tão específicos sobre como resolver este problema dos cavalos que espalham esterco pelas ruas da cidade acabamos atraindo a desfeita para o projeto”, opina.
De acordo com o autor, a Lei 4.544 de 3 de maio de 2007, estava baseada no atendimento a uma velha aspiração da sociedade, especialmente de comerciantes da área central de Cascavel que já não suportavam mais conviver de forma desordenada com o crescente número de carroceiros. “Não foi um projeto para ser contra as carroças e sim uma idéia de como melhorar o que já existe. Organizar até em associações os catadores de papéis e carroceiros. Limitar horários e proibir o trafego em horários de pico e a noite, quando as carroças, mal sinalizadas oferecem riscos de acidente”, explica Soni para acrescentar que o projeto também servia para cadastrar e identificar os carroceiros. “Emplacar as carroças fazia parte de uma estratégia para coibir maus tratos aos animais. Tem alguns que abusam. Castigam e expõem estes animais a esforços exagerados que muitas vezes levam até a morte”.
Soni Lorenzi defende a maior fiscalização da Cettrans na parte do transito que envolve este tipo de transporte de tração animal e da Secretaria de Meio Ambiente no que diz respeito aos dejetos. As brincadeiras foram tantas, que praticamente nenhum carroceiro adotou o sistema para escapar das gozações.
Finalizando, Soni defende como positiva sua lei. “A lei está ai. Ela existe. Falta é regulamentar. Fazer uma cartilha para os condutores. Organizar com as empresas a doação do material reciclável. Se cada um fizer a sua parte, vamos ter, com gozação ou não, uma cidade mais limpa, um trânsito mais seguro e uma condição de trabalho mais justa para os carroceiros”, disse.

Seja o defensor de seu pet. Livre-o da raiva!


Agosto é conhecido, popularmente, como o “mês do cachorro louco”. Até aqui tudo bem. Inclusive porque a frase não é novidade e com certeza você já deve ter escutado inúmeras vezes. O “x” da questão é: por que não é “Janeiro, mês do gato louco”, “Abril, mês do cavalo louco?”. Ou então “Novembro, mês do coelho louco?”. Pronto! Chegamos ao ponto que queríamos. Você, certamente, não deve ter se questionado sobre o significado do por que o mês de agosto ser eleito o mês do cachorro louco.

Bicho Mania explica:
A denominação de “cachorro louco” deu-se devido à raiva (doença que atinge principalmente os mamíferos, entre eles o cão). E porque justamente agosto? Porque é nessa divisão do ano solar que ocorre maior concentração de cadelas no cio, em decorrência das condições climáticas. O fato gera maior promiscuidade entre os animais e aumenta o contágio da raiva. E por falar em raiva, você conhece a doença, sabe suas causas, transmissão, sintomas e prevenção? Para que você entenda e não fique com dúvidas sobre o assunto, conversamos com o médico veterinário Rodrigo Santana.

O que é raiva?
A raiva (em latim Rabere, significa “enraivecer” ou “vociferar”) é uma doença infecciosa e aguda causada pelo vírus rábico que atinge o sistema nervoso central de animais e também dos humanos. Esta doença é “quase sempre fatal” nos animais e “sempre fatal” no ser humano. Todos os mamíferos (terrestres e aéreos), como, por exemplo, cães, gatos, lobos, raposas, morcegos, são susceptíveis para o vírus da raiva. Os humanos contraem a doença, mas não são os transmissores.
A transmissão ocorre quando o vírus, que fica na saliva do animal raivoso, entra no organismo do animal ou do humano, através de mordida. Pingos de saliva do animal raivoso no globo ocular de pessoas sadias e, teoricamente, a lambida de ferimentos ou da mucosa também são situações de transmissão da doença.
Os sintomas são salivação excessiva, depressão, demência, alterações de comportamento, agressão, dilatação da pupila, fotofobia (medo do claro), falta de coordenação muscular, mordidas no ar, dificuldades para engolir, déficit múltiplos de nervos cranianos e paralisia dos membros posteriores são alguns dos sintomas. O animal raivoso não necessariamente apresenta todos os sintomas, por isso é essencial que faça o diagnóstico laboratorial.

O que fazer quando a doença for diagnosticada?
Humanos
- Deixe o ferimento sangrar e lave com água e sabão. Em seguida, procure o postos de saúde mais próximo da sua casa. Identifique o animal e o encaminhe para análise.
Animais – Identifique o animal agressor e, como a cidade não possui um Centro de Zoonoses, procure um veterinário ou a vigilância sanitária. A vitima deverá ficar 10 dias em observação, sob a supervisão de um profissional veterinário.
SIMBIOSE


Eqüoterapia ajuda deficientes físicos a recuperem o equilíbrio emocional


Em um passado não muito distante, os cavalos eram o principal meio de transporte do homem. Vastos territórios foram desbravados por tropeiros sob o lombo de um eqüino. Fonte de serviço, força e destreza, ainda hoje é possível observar cavalos desempenhando esses papéis. Mas quem poderia supor que um dia eles serviriam como remédio, curando doenças biopsicosociais?
Em Cascavel tem cavalo curando gente por aí. Recuperando pessoas de sérios problemas de equilíbrio físico e emocional, a cumplicidade entre animal e paciente permite o exemplo de uma simbiose perfeita. Uma vida em comum. O cavalo cura o paciente, que em troca, ganha muito mais que carinho e comida. Ganha gratidão e reconhecimento.
Na Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Cascavel, é possível ver esse trabalho acontecendo todos os dias, pouco depois das 9 da manhã. A chamada Equoterapia é um método terapêutico e educacional que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar, nas áreas de Saúde, Educação e Equitação, buscando o desenvolvimento biológico, social e psicológico de pessoas portadoras de deficiência ou de necessidades especiais. O cavalo é utilizado como recurso terapêutico, ou seja, como instrumento de trabalho. O movimento rítmico, preciso e tridimensional do cavalo, que ao caminhar se desloca para todos os lados, pode ser comparado com a ação da pelve humana no andar, permitindo a todo instante entradas sensoriais profundas, estimulações olfativa, visual e auditiva.
A técnica tem como objetivo proporcionar ao portador de necessidades especiais o desenvolvimento de suas potencialidades, respeitando seus limites e visando sua integração na sociedade, proporcionando ao praticante benefícios físicos, psicológicos, educativos e sociais.
A equoterapia é baseada na prática de atividades eqüestres e técnicas de equitação, sendo um tratamento complementar na recuperação e reeducação motora e mental. Na parte física, o praticante da equoterapia é levado a acompanhar os movimentos do cavalo, tendo que manter o equilíbrio e coordenação para movimentar simultaneamente tronco, braços, ombros, cabeça e o restante do corpo, dentro de seus limites. O movimento tridimensional do cavalo provoca um deslocamento do centro gravitacional do paciente, desenvolvendo o equilíbrio, a normalização do tônus, controle postural, coordenação, redução de espasmos, respiração, e informações proprioceptivas, estimulando não apenas o funcionamento de ângulos articulares, como o de músculos e circulação sangüínea.
Durante toda a sessão os profissonais também ajudam a estimular a autoconfiança, auto-estima, fala, linguagem, estimulação tátil, lateralidade, cor, organização e orientação espacial e temporal, memória, percepção visual e auditiva, direção, análise e síntese, raciocínio, e vários outros aspectos. Geralmente trabalham na eqüoterapia um fisioterapeuta, um fonoaudiólogo e um psicólogo.
Na esfera social, a equoterapia é capaz de diminuir a agressividade, tornar o paciente mais sociável, melhorar sua auto-estima, diminuir antipatias, construir amizades e treinar padrões de comportamento como: ajudar e ser ajudado, encaixar as exigências do próprio indivíduo com as necessidades do grupo, aceitar as próprias limitações e as limitações do outro, facilitando assim a interação do deficiente físico e mental com a sociedade.

UMA HISTÓRIA QUE DEU CERTO
Paulinho, de apenas 7 anos, chega para a sua sessão de equoterapia acompanhado da mãe. Nos olhos, um brilho intraduzível em palavras. No rosto, um largo sorriso, demonstrando a ansiedade e a alegria de estar novamente junto àqueles que auxiliam em seu tratamento. Do outro lado, de um grande cocho sai Filé, fiel parceiro no tratamento de Paulinho. Com toda a dificuldade de um portador de deficiência mental, Paulinho corre ao encontro de seu amigo. Coloca seus assessórios de equitação e monta em Filé. É a relação homem-animal levada ao extremo entre força e carinho para curar vidas.
A equoterapia é altamente recomendável no caso de Paulinho. Ele tem uma alteração genética no cromossomo 16. Os portadores dessa doença possuem os polegares e hálux largos e grandes, associados com anomalias craniofaciais e retardo mental. Infecções respiratórias e cardiopatia congênita também são características.
A doutora Rose Largo, fisioterapeuta da APAE há mais de 17 anos, conduz seus pacientes nessa simbiose. “É uma satisfação enorme poder fazer esse trabalho. Há 15 anos trabalhamos com a equoterapia e já vi muitos pacientes terem melhoras consideráveis depois do tratamento. O Paulinho é um deles. O comportamento e o equilíbrio dele melhoraram consideravelmente. Não tem palavras para dizer como é gratificante poder ajudar essas pessoas”.

O SURGIMENTO DA EQÜOTERAPIA
O uso do cavalo como forma de terapia data de 400 A.C. quando Hipócrates utilizou-se do cavalo para "regenerar a saúde" de seus pacientes. Em 1901 foi fundado o primeiro hospital ortopédico do mundo e em função da guerra dos Boers na África do Sul, o Hospital Ortopédico De Oswentry (Inglaterra) onde o número de feridos era muito grande. Uma dama inglesa, patronesse daquele hospital, resolveu levar os seus cavalos para o hospital a fim de quebrar a monotonia do tratamento dos mutilados. Este é o primeiro registro de uma atividade eqüestre ligada a um hospital.
Liz Hartel (Dinamarca), praticante de equitação foi acometida aos 16 anos por uma forma grave de poliomielite, a ponto de durante muito tempo não ter possibilidade de deslocamento, a não ser em cadeira de rodas e depois, muletas. Mesmo assim, contrariando a todos, continuou a praticar equitação. Oito anos depois, nas Olimpíadas de 1952, foi premiada com a medalha de prata em adestramento, competindo com os melhores cavaleiros do mundo, e o público só percebeu seu estado quando ela teve de apear do cavalo para subir ao pódio e teve de se valer de duas bengalas canadenses. Esta façanha foi repetida 4 anos depois, nas Olimpíadas de Melbourne, em 1956.
No Brasil, a partir dos anos 80, quando foi criada a ANDE-Brasil (Associação Nacional de Eqüoterapia) o tratamento tomou maior impulso, mas somente nos últimos seis anos é que se pode notar o verdadeiro crescimento desta modalidade terapêutica, haja visto o número crescente de centros de eqüoterapia em todo território nacional.
A Equoterapia foi reconhecida como método terapêutico em 1997 pelo Conselho Federal de Medicina.

INDICAÇÕES
A eqüoterapia é indicada no tratamento dos mais diversos tipos de comprometimentos:
Patologias ortopédicas:
Problemas Posturais: cifose, lordose, escoliose;
Doenças do crescimento;
Má formação da coluna;
Acidentes com sequela de fraturas e pós-cirúrgicos;
Amputações;
Artrite Reumatoide;
Artroses;
Espondilite Anquilosante;
Dismorfismos esqueléticos;
Subluxações de ombro ou quadril;
Patologias Neuromusculares (Neuropatias):
Epilepsia Controlada;
Não Controlada (alguns casos);
Poliomielite;
Encefalopatia Crônica da Infânica;
Seqüelas de TCE;
Plegias;
Doença de Parkinson;
Acidente Vascular Cerebral;
Mielomeningocele;
Multiesclerose;
Espinha Bífida;
Lesões medulares;
Hidrocefalia;
Macrocefalia;
Microcefalia;
Patologias cardiovasculares e respiratórias:
Cardiopatias;
Doentes respiratórios (que desejam principalmente se reabilitar voltando a realizar esforço e prática de exercícios físicos).
Outras patologias:
Distúrbios Mentais - demência em geral, Síndrome de Down;
Distúrbios Comportamentais / Sociais - formas psiquiátricas de psicoses infantis e estados marginais, autismo, esquizofrenia, distúrbio da atenção, hiperatividade;
Distúrbios Sensoriais - deficiência visual, deficiência auditiva;
Alterações de Escrita - disgrafia, disortografia, dislexia, distúrbio da percepção;
de Linguagem Oral - alterações de fala, atraso de linguagem;
de Motricidade Oral;
de Voz;
Emocional - insônia, ansiedade, stress;
Atraso Maturativo - do desenvolvimento psicomotor, instabilidades psicomotoras;
Seqüelas de queimaduras;
Doenças sanguíneas;
Doenças metabólicas

CONTRA- INDICAÇÕES
Excessiva lassidão ligamentar das primeiras vértebras cervicais (atlas - axis) ex. Síndrome de Down, Epilepsia não controlada;
Cardiopatias agudas;
Instabilidades da coluna vertebral;
Graves afecções da coluna cervical como hérnia de disco;
Luxações de ombro ou de quadril;
Escoliose em evolução de 30 graus ou mais.
Hidrocefalia c/ válvula;
Processos artríticos em fase aguda;
Úlceras de decúbito na região pélvica ou nos membros inferiores;
Epífises de crescimento em estágio evolutivo;
Doenças da medula com o desaparecimento de sensibilidade dos membros inferiores (todavia, são conhecidos vários casos de paraplégicos que continuam a praticar a equoterapia);
Pacientes com comportamento autodestrutivo ou com medo incoercível;
Hemofílicos e Leucêmicos (dependo do caso).
O futuro praticante de equoterapia deverá passar por uma avaliação clínica, pelo seu próprio médico ou pelo médico da equipe que irá atendê-lo, com a responsabilidade de indicar ou contra-indicar a prática de Equoterapia.
Alguns desses casos podem praticar a equoterapia, porém com um rigoroso controle. Por esse motivo, cada contra-indicação deverá ser discutida caso a caso. Como não se tem o direito de arriscar e agravar a situação do paciente com o pretexto da reeducação, a equoterapia é desaconselhada em todas as doenças na fase aguda e no caso de deficiências graves.